Para melhorar sua performance na corrida não basta colocar o tênis e sair correndo por mais tempo ou uma distância maior que no treino anterior. Antes de tudo é necessário estabelecer bem seus objetivos, e a partir disso, realizar uma periodização de treinamentos adequada para seu progresso. Ou seja, não é apenas correr, e sim treinar corrida.
Mas além de seguir o seu treinamento com disciplina, existem alguns meios que podem facilitar, aperfeiçoar sua técnica e potencializar seus resultados na corrida, e uma delas é fortalecer o core.
O que é Core?
O core basicamente corresponde ao centro de gravidade do nosso corpo, ou seja, engloba a musculatura lombar, pélvica e região do quadril, também conhecido como quadrado abdominal e tem como principal função a estabilização e sustentação das musculaturas do abdome, oblíquos e glúteos, sendo assim essencial para praticamente todos os movimentos do corpo.
Para Soares (2016), o termo core é definido como a região do corpo limitada pela pelve e pelo diafragma incluindo os músculos do abdome e coluna lombar. Segundo o autor essa região é a maior responsável pelo controle e movimento do tronco e, por isso, os termos controle de tronco, core e estabilidade do core são frequentemente associados na literatura.
Segundo Santos e Freitas (2010), o fortalecimento do core serve para a manutenção da saúde da coluna lombar até a prevenção de lesões de ligamentos do joelho, pois os exercícios de estabilização dessa região do centro do corpo têm por objetivos melhorar o controle postural dinâmico, garantir controle muscular apropriado do complexo lombo pélvico, e assim promovendo uma maior eficiência dos movimentos gerados pelas extremidades do corpo, além de um dispêndio energético menor.
Segundo Soares (2016), grande parte dos estudos e pesquisas voltadas à prevenção de lesões em atletas amadores, ou praticantes de atividade física, utilizando como meio o fortalecimento do core, apresentaram resultados bem expressivos, e foram encontradas evidencias de que o fortalecimento do centro corporal, além de fundamental para evitar lesões, é muito importante para quem busca desenvolvimento em atividades que envolvam a performance e aptidão física, pois na maioria dos casos os participantes obtiveram uma melhora na função motora, ganho de força e resistência muscular. Dentre outros benefícios do fortalecimento dessa região podemos citar:
Melhora do Equilíbrio: devido a estabilização da região pélvica e da coluna vertebral durante a movimentação dos membros inferiores e superiores.
Aumento de Potência: Devido ao maior fortalecimento dessa região próxima ao centro de gravidade do nosso corpo, permitindo que ocorram melhoras e desenvolvimento na aceleração ou direção do corpo.
Diminui os riscos de lesão: Com a musculatura dessa região fortalecida faz com que a sobrecarga gerada pelas extremidades do corpo sejam melhores absorvidas, evitando lesões e dores na região lombar e quadril, muito comuns durante a prática da corrida desenvolvida de forma incorreta.
Melhora de adaptações neurais: o fortalecimento do core, vai melhorar e tornar mais eficiente o recrutamento neuromotor, fazendo com ocorra uma ativação mais rápida do sistema nervoso, e como a maioria dos grandes grupos musculares, sejam eles do membro inferior ou superior do corpo estão ligados a região da coluna ou da pelve, permitirá um desenvolvimento na estabilização e eficácia dos movimentos realizados.
Nesse sentido, é importantíssimo que você tenha uma rotina de exercícios para o fortalecimento do core.
Como Trabalhar o Core?
Os exercícios posturais, força e estabilização realizados no treinamento Funcional da V8, são atividades indicadas para um trabalho eficiente e rápido para o fortalecimento dessa região, pois trabalham com atividades para o corpo todo, e que privilegiam o fortalecimento dessa musculatura a partir de exercícios dinâmicos ou estáticos. Mas para realizar esse fortalecimento, procure a orientação de um Professor da V8 Assessoria.
REFERÊNCIAS
CLARK, M. A.; CUMMINGS, P. D. Treinamento de estabilização do “core”. In: ELLENBECKER, T. S. Reabilitação dos ligamentos do joelho. São Paulo: Manole, 1992. p. 475-493.
SANTOS, João Paulo Manfré dos. FREITAS, Gabriel Felipe Pioli de. Métodos de treinamento da estabilização central. Seminário: Ciências Biológicas da Saúde, Londrina, v. 31, n. 1, p. 93-101 jan./jun. 2010. Disponível em: Acesso em: 16 jun 2012
SOARES, Amanda Laís Belli de Assis. Efeitos dos exercícios de estabilização central (core) na prevenção e reabilitação de lesões no joelho em indivíduos ativos fisicamente: uma revisão narrativa da literatura. Especialização– Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. 23f.enc:Il, 2016.