Haile Gebrselassie, atleta etíope corredor de longa distância e considerado um dos maiores fundistas da história, disse em certa ocasião que “sem corrida não há vida”. Sabemos que o ato de correr é inerente a humanidade e está presente em nosso meio desde tempos remotos. Correr para caçar, fugir, entregar uma mensagem, guerrear e competir são exemplos históricos de como a corrida permeava o dia a dia da humanidade. Hoje, porém, a corrida vai muito além de necessidades relacionadas à sobrevivência.
A corrida ocupa um lugar de destaque no que diz respeito à combinação de prazer e promoção da saúde. Por ser caracterizada como uma forma natural de exercício que não envolva técnicas agressivas ou anti-sociais ou que requeira caros equipamentos, ela tornou-se um meio de socialização, experimentação e desenvolvimento científico. Qualquer indivíduo saudável deveria ser capaz de desfrutar da corrida.
Hoje o correr se tornou uma atividade de lazer socialmente muito aceitável, que move milhares de pessoas ao redor do mundo. A competição, que faz parte da rotina dos corredores, deixou de ser o foco principal e a corrida passou a ser aproveitada por cada um pelo bem estar que ela lhe proporciona. E apesar do corredor ficar feliz em interagir com a natureza, com outros corredores e de obter suas próprias realizações, isso não acabou com o desejo de melhorar seu desempenho, seja em velocidade ou distância.
E essa busca pelo desempenho depende de uma combinação de fatores que vão desde a anatomia e biomecânica até a nutrição e equilíbrio emocional. Correr melhor não significa necessariamente correr mais rápido. Correr melhor abrange completar suas corridas de modo mais relaxado e menos sofrido, reduzir a incidência de dores e lesões, treinar de forma a aumentar sua satisfação pessoal, recordar suas corridas anteriores com prazer e aumentar as expectativas para as próximas
Para que isso possa ocorrer na prática, é preciso entender que treinar corrida vai muito além de apenas correr. Treinar corrida exige disciplina e foco dentro e fora das “pistas”. Isso porque correr está associado a outros elementos do que apenas dar um passo após o outro. Trabalhar a força e a velocidade, a técnica, o core, os membros superiores e os músculos do tronco bem como a respiração e a flexibilidade são exemplos de elementos inerentes à pratica da corrida. E treinar tudo isso é treinar corrida.
Mas é mesmo necessário? A resposta é simples: “você é tão forte quanto seu elo mais fraco.” Se você quer correr melhor, então, precisa melhorar seus pontos fracos.
Pra saber mais sobre, como e por que, fique ligado!
Grande Abraço!